Chouriça Doce, A iguaria de Vinhais (Revista Vitae)

Chouriça Doce, A iguaria de Vinhais (Revista Vitae)

Posted by Roberta Ortolan - Magic Gourmet on 8.1.22 in chouriça doce, cultura, cultura gastronômica, festado fumeiro, mais, revista vitae, vinhais,

Observação: Escrevi este artigo para a Revista Vitae em janeiro de 2022. Por qualquer motivo, em 2023, a revista já não se encontra mais online, então, para não perder o conteúdo e manter meu portfólio (salvo em PDF), postei aqui. Qualquer dúvida, por gentileza, entre em contacto. Boa leitura!
 

Quem conhece a Chouriça Doce de Vinhais pisque o olho direito! Agora, bata palmas, quem sabia que a Chouriça Doce de Vinhais recebeu, a 26 de julho de 2008, a Indicação Geográfica Protegida – IGP pela União Europeia. É, a gastronomia portuguesa é realmente recheada de delícias, mas…

O que faz este enchido ser tão especial para receber uma IGP?

Primeiro o produtor tem de seguir um padrão desde a criação do suíno até a confecção do enchido. Segundo é uma raça de porco autóctone da região. E terceiro, o fator climático, o saber do produtor regional sobre a criação dos porcos, a elevada qualidade dos ingredientes e o processo de fumagem, não só tornam única a Chouriça de Vinhais IGP bem como todos os seus enchidos. 

O porco Bísaro

O porco tem que possuir algumas especificidades morfológicas definidas no Regulamento do Livro Genealógico para a Raça Bísara, como por exemplo: o seu aspeto geral, a pelagem, a cabeça, o pescoço, o tronco e os membros. 

Fonte: porcobisaro.net

Área de produção

Nascimento, criação, recriação, abate e desmancha dos porcos abrangem os distritos de Bragança e Vila Real. Entretanto, a área geográfica de transformação ocorre somente no distrito de Bragança.

A chouriça

É um enchido fumado confeccionado com pão regional, mel, azeite transmontano, nozes ou amêndoas, e o ingrediente principal, a carne suína Bísara e 50% de sangue dessa raça.

Precisa de ter, mais ou menos, de 20 a 25 cm de comprimento, 2 a 3 cm de diâmetro e pesar por volta de 150 g. A cor é um preto heterogéneo mostrando visivelmente as partes mais claras com os frutos secos e a carne desfiada.

Fonte: porcobisaro.net

Confecção

A carne é picada e fervida em água e sal. O pão é amolecido na própria água da cozedura da carne. Acresce à massa do pão, todos os temperos, o sangue, a carne desfiada, o azeite, o mel e os frutos secos. Depois é só encher a tripa e deixar fumar em fogo brando com lenha de carvalho e/ou castanho. O processo de cura ou estabilização deve ocorrer por mais de 15 dias.

Vinhais, a Capital do Fumeiro

Fonte: fumeirodevinhais.pt

Vinhais destaca-se pela castanha e o porco bísaro, o que a torna responsável por uma das maiores feiras gastronómicas do país: a Feira do Fumeiro de Vinhais.

Esta feira geralmente ocorre todos os anos em fevereiro. São 4 dias com uma programação recheada de gastronomia regional, artesanato local, fóruns, exposições de máquinas agrícolas, animação musical, exposição e concurso nacional de suínos bísaros, demonstrações culinárias com chefs convidados, concurso do melhor salpicão, presença da Confraria Gastronómica do Porco Bísaro e do Fumeiro de Vinhais, entre outros.

Fonte: porcobisaro.net

Até ao momento não há informações sobre a 42ª Feira do Fumeiro 2022. Aguardemos, pois nessa eu vou!

Origem histórica de Vinhais

Não se sabe ao certo sobre as origens da Vila de Vinhais. Entretanto, de acordo com o site da Câmara Municipal de Vinhais, a sua ocupação humana data de tempos ancestrais, como o comprovam os diversos vestígios arqueológicos existentes no seu termo, destacando-se o castro da Ciradelha, povoado proto-histórico, fortificado de grandes dimensões (C.M. de Vinhais).

Durante as escavações arqueológicas, foram encontradas pontas de setas talhadas em xisto e quartzo que fazem referência ao período anterior ao calcolítico (Idade do Cobre) no povoado do Castrilhão, localizado no termo de Rio de Forno.

A partir do século I / II d.C., estes povoados fortificados foram perdendo a sua importância. A necessidade de terrenos mais férteis fez com que as populações se deslocassem do cimo dos montes para os vales onde havia melhores terrenos agrícolas (C.M. de Vinhais).

Numa zona próxima da igreja de São Facundo foram encontrados vários objectos da época romana: tegulae, peso de tear e cerâmica de uso quotidiano.

Da passagem desses povos restaram alguns vestígios:

• um tesouro monetário na Vidueira, a cerca de 1,5 km para Norte de Vinhais,
• um marco miliário romano agora desaparecido e a passagem por estas terras da Via Romana (século XVII), nas imediações da Vila de Vinhais – via essa que ligava dois importantes conventus juridicus: Bracaraugusta (Braga) a Asturica (Astorga em Espanha). Nesta mesma via, foi encontrado um outro marco miliário encontrado no termo de Soeira, depositado no Museu Abade de Baçal (C.M. de Vinhais).

Fonte: Wikipedia/Heraldry

Origem do nome

O Abade de Miragaia, escreveu algures que desde os tempos muito remotos a produção principal desta freguesia e deste concelho era o vinho, como está dizendo o seu nome – Vinhais, terra de vinhas e vinhedos.

E, na verdade, é a este saboroso e apreciado líquido, tão abundante em séculos passados, principalmente entre os rios Tuela e Rabaçal, que se deve a origem do vocábulo (C.M. de Vinhais).

Dica: falando em vinho, a Quinta do Fragueiro produz verdadeiros néctares em Vinhais! Os vinhos de Vinhais também possuem a sua Denominação de Origem Controlada – DOC Trás-os-Montes.

O que fazer em Vinhais

Há bastantes coisas para descobrir na região, já que é riquíssima em património histórico e cultural.

1º – Itinerário Museológico:

• Centro Cultural Solar dos Condes de Vinhais: pertencente ao século XVIII, possui teatro, biblioteca, capela e cafetaria, além de uma agenda cultural bem diversificada.
• Centro de Interpretação da Natureza: tudo sobre fauna, flora e histórias locais. Aqui está uma das maiores áreas naturais protegidas de Portugal.
• Museu de Arte Sacra: também do século XVIII, apresenta várias exposições de pinturas, ourivesaria, mobiliário, gravura e arquivo documental.
• Parque Verde de Artes e Ofícios: museu da ruralidade transmontana que abrange a produção de lã, do vinho, do azeite, entre outros como o ciclo do ferro.
• Núcleo Interpretativo da Lorga de Dine: gruta natural de origem cársica, com ocupação humana desde o final do Neolítico e início da Idade do Ferro e Cobre – tudo devidamente documentado.
• Centro Interpretativo das Raças Autóctones: exposição de caráter pedagógico sobre um conjunto de 55 raças autóctones portuguesas, construídas manualmente e em tamanho real para evidenciar as características fenotípicas. Além disso, o visitante compreenderá as especificidades e os habitats de cada raça portuguesa.
• Museu Terras de Lomba; Centro Micológico; Museu do Contrabando; Centro de Interpretação dos Rios; Museu Etnográfico; Centro Interpretativo do Porco e do Fumeiro; Museu Lagar de Azeite.

2º – Caça e Pesca

No site da Câmara Municipal de Vinhais há um calendário com a programação das Montarias ao Javali e o documento sobre a Concessão de Pesca Desportiva.

3º – Passeio no Parque Biológico de Vinhais

Espaço voltado para a educação ambiental dedicada à fauna e flora do Parque Natural de Montesinho.

4º- Percursos Pedestres

São 4 percursos com mapas para quem gosta de “bater perna” – Via Augusta XVII, A Caminho da Ciradelha, Moinho do Perigo e Fragas da União de Freguesia de Quirás e Pinheiro Novo (mais informações aqui).

5º – Praias fluviais da região

Vinhais, de todo o distrito de Bragança, é o concelho que possui mais praias fluviais com águas de excelente qualidade para banhos. Visite a Ponte de Soeira, Ponte da Ranca e Ponte de Frades.

6º – Eventos Pontuais

A Feira do Fumeiro (já mencionado no artigo) e Rural Castanea: Festa da Castanha que ocorre no mês de novembro. 

Fonte: Câmara Municipal de Vinhais/Diário de Trás-os-Montes

Gastronomia

Depois de descobrir as maravilhas culturais, é hora de se deliciar com as iguarias gastronómicas que Vinhais oferece.

Sua culinária regional é muito rica e variada e destaca-se pelos seus produtos naturais e autênticos, como por exemplo: sopas, entradas, pratos típicos, aves de capoeira/caça, o famoso Fumeiro de Vinhais e sobremesas artesanais.

Onde comer, Roberta?

Aqui há uma lista com todos os restaurantes!

Turismo e estadia

Fonte: Hit the Road/Câmara Municipal de Vinhais/Ir em Viagem

Localizado na praça do Município, o Posto de Turismo oferece todas as informações sobre a região de Vinhais com turismo rural, mapas, restaurantes, monumentos, artesanato local, literatura de autores locais, brochuras sobre os pontos mais importantes, etc.

Horário de funcionamento: de segunda à sexta, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30; sábado, domingo e feriado, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00.

Contactos: +351 273 770 309 ou turismo@cm-vinhais.pt

Só faltou uma coisa, Roberta: onde ficar?

Aqui há uma lista com todas as opções de estadia!

Agora não falta mais nada, nem desculpa esfarrapada para visitar Vinhais! O Norte português reserva maravilhas aos nossos 5 sentidos… Venham!

Fonte: Produtos Nacionais Portugueses – Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural; Câmara Municipal de Vinhais. Fonte da imagem de capa: Feira do Fumeiro.

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Superstições de Ano Novo: você acredita e pratica ... ou não?

Superstições de Ano Novo: você acredita e pratica ... ou não?

Posted by Roberta Ortolan - Magic Gourmet on 30.12.21 in ano novo, cultura, doze badaladas, gastronomia, mais, meia-noite, origem, rituais, superstições, tradições de ano novo,

 

Fonte: Mulher na Real

Então, estamos a pouco mais de 24 horas para a entrada do novo ano. Algumas pessoas não passam do dia 31 de dezembro para 1 de janeiro sem deixar de seguir algumas superstições.

No fundo, no fundo, até o mais cético, que diz não ter superstição nenhuma, que não segue (ou não tem) ritual nenhum, sempre deseja que para o ano novo haja saúde, prosperidade, abundância, fartura, sucesso, amor e etc. 

O fato de desejar, dizer, pensar, emanar com intenção, já é um ritual porque está vibrando na mesma sintonia em que o mundo todo está desejando, dizendo, pensando ou emanando as mesmas coisas (claro, não levando em conta o fuso horário).

Fonte: Instituto da Cura

Se a gente juntar a energia das nossas intenções com a vibração energética dos alimentos e das cores, por exemplo, podemos dar um empurrãozinho na conspiração com o Universo. 

Sim, eu tenho minhas superstições e os meus rituais de Ano Novo. Mas antes de contar para você, vamos voltar um pouquinho no tempo para conhecer como começaram as celebrações de Ano Novo?

Origem das Tradições de Ano Novo

Civilizações em todo o mundo celebram o início de cada novo ano há pelo menos quatro milênios. Hoje, a maioria das festividades de ano novo começa em 31 de dezembro (véspera de ano novo), o último dia do calendário gregoriano, e continua até as primeiras horas de 1º de janeiro (dia de ano novo). 

As tradições comuns incluem ir a festas, comer comidas especiais de Ano Novo, tomar decisões para o ano novo e assistir a exibições de fogos de artifício.

As primeiras celebrações registradas de ano novo remontam a antiga Babilônia, há, mais ou menos, 4.000 anos. Para os babilônios, a primeira lua nova após o equinócio vernal - o dia no final de março com uma quantidade igual de luz do sol e escuridão - anunciava o início de um novo ano.

Akitu era o festival religioso de Ano Novo da Babilônia, que envolvia um ritual diferente em cada um de seus 11 dias. A festividade também era uma celebração em homenagem ao deus supremo Marduk, seu príncipe herdeiro Nabû e outros deuses.

Fonte: Oldest Stories/SBS/Ensinar História

No terceiro milênio AEC (Antes da Era Comum - Era Comum é o período que mede o tempo a partir do primeiro ano do calendário gregoriano, ou seja, o nosso calendário atual), a população suméria da Mesopotâmia celebrou o festival da semeadura da cevada, o á-ki-ti-še-gur-ku.

Foi comemorado no primeiro mês do ano, por volta de março ou abril. No calendário babilônico, este mês era conhecido como nisanu (o calendário judaico moderno ainda é chamado de nisã). Como o festival era celebrado nos primeiros dias do ano babilônico, era chamado de rêš šattim, que significa 'início de ano'.

O Ano Novo está ligado às antigas celebrações pagãs. Muitas de nossas tradições modernas foram passadas desde os antigos. As celebrações romanas, por exemplo, eram regadas com bastante bebida (vinho, né!?). Da mesma maneira que aquele beijo à meia-noite também é herança romana.

Nas tradições nórdicas, as celebrações do Yule terminavam por volta do ano novo. As últimas festas do Solstício de Inverno foram enormes. Enquanto as antigas sociedades egípcias e gregas desfilavam com um bebê para simbolizar o início do ano novo. 

Por que 1 de janeiro tornou-se o dia de Ano Novo? 

O calendário romano inicial consistia em 10 meses e 304 dias, com cada novo ano começando no equinócio vernal. Esse calendário foi criado por Rômulo, fundador de Roma, século VIII a.C. Numa Pompílio, rei posterior, adicionou os meses de Januarius e Februárius. 

Com o passar dos séculos, perceberam que o calendário não estava em sincronia com o sol e, em XLVI a.C. (ano 46), o imperador Júlio César resolveu o problema após consultar astrônomos e matemáticos mais proeminentes da época: foi introduzido o calendário juliano (muito parecido com o gregoriano).

O imperador instituiu o dia 1 de janeiro como o primeiro dia do ano em homenagem ao deus romano dos primórdios, Janus, cujas duas faces permitiam olhar tanto para o passado quanto para o futuro.

Fonte: Duas ou Três Coisas

Os romanos celebravam oferecendo sacríficios a Janus, trocando presentes entre eles, decorando suas casas com ramos de louro e participando de festas 'barulhentas'. 

Na Europa medieval, os líderes cristãos substituíram temporiariamente o dia 1 de janeiro como o primeiro do ano por dias de maior significado religioso, como o 25 de dezembro (nascimento de Jesus) e 25 de março (festa da Anunciação). 

O papa Gregório XIII restabeleceu o 1º de janeiro como o dia de Ano Novo em 1582.

Superstições e rituais de Ano Novo

Aproveitando que estamos na Lua Minguante, ainda, e que no artigo passado eu falei que nesse período de Solstício de Inverno era um bom momento para reflexões, reencontrar as esperanças, de desapegar do passado e do que está desgastado e em desuso. Também para renovar as energias e renascer para o próximo ciclo. Lembra?

Sabe aquela mega blaster ultra super faxina power ranger da NASA que tem que fazer pelo menos uma vez por mês? 

Aqueles papéis que estão acumulados na bolsa, nas gavetas? 

As roupas que não usa mais, os e-mails desde 1999 que estão na caixa de entrada e que você não se desfez de ambos por preguiça? 

E os "tapauérs" (Tupperware) que estão desparcerados: tampa sem a base e base sem a tampa?

ENTÃO, ESSA É A HORA. COLOQUE AS COISAS EM ORDEM ANTES DO DIA 31 ACABAR!!! SE DESFAÇA DO VELHO PARA  NOVO APARECER. SIMPLES, NÃO É?!

Abra as portas e as janelas, abra espaço nas gavetas e nos armários, deixe entrar o vento e a luz, deixe a energia fuir. Afinal, ninguém quer um novo ano bagunçado, sujo, empacado, sem encaixe e desparelhado.

Fonte: The Shoppers/Administradores

Definir metas para o Ano Novo

Antes de poder manifestar um ano novo incrível, você precisa saber o que quer. Escreva em um caderno ou diário as coisas que você mais gostou no ano que passou, as que não gostou e as novas coisas que deseja (ter, ver, acontecer, realizar, concretizar) no próximo ano.

Anotar tudo pode ajudar a decidir se seus objetivos são realmente bons para você. Antes do ano novo, passe algum tempo considerando os prós e os contras de seus objetivos. Repita-os se for necessário.

Entre na virada do ano com metas perfeitas que farão com que o próximo ano seja duas vezes melhor que o anterior.

Como eu disse, esse é um momento de reflexão!

Antes e durante as 12 badaladas...

Dizem que na noite de Ano Novo deve-se usar uma roupa nova para vir renovação, além disso, para uma boa segurança financeira, não vista roupa descosturada, rasgada, apertada ou faltando botão. Ou seja, ninguém quer passar por apertos financeiros ou falta de dinheiro.

Fonte: Catraca Livre/ Depositphotos/Pinterest

Há quem acredita que cada cor tem seu significado e poder de atração. Por exemplo: 

• Branca: paz e purificação,
• Amarela ou dourado: dinheiro,
• Cor de rosa: amor, romance, 
• Prata: inovação, 
• Verde: esperança e saúde, 
• Vermelho: paixão, desejos intensos e boas energias, 
• Azul: tranquilidade, paciência, boa comunicação e bem-estar, 
• Laranja: ousadia, energia e criatividade, 
• Roxo: intuição e renovação.
  

Capricha no look! Se quiser tudo isso, use roupa íntima e acessórios coloridos, já que o branco é cor neutra e combina com tudo!

Pular as 7 ondas e Iemanjá: o mar para os gregos tem o poder de renovar a energia espiritual. 7 é um número espiritual, que ao pular as 7 ondas, invoca Imenjá para dar forças e pular os osbtáculos do novo ano. Ao colocar as oferendas para Iemanjá no mar, significa que você quer que todos os problemas sejam levados para o fundo do mar e que o retorno das ondas tragam sorte para o novo ano. Essa tradição é herança dos africanos, sabia?

Fonte: Bons Fluidos/Guia da Semana

Quer que a vida financeira melhore? Dinheiro no bolso e no sapato! De acordo com os orientais, a energia do corpo entra pelos pés, por isso, antes da virada, coloque uma nota no bolso e uma no sapato. 

Além disso, frutos secos ou cristalizados, como o pêssego, figo e avelã, também significam fortuna, sorte e fartura. 

Fonte: Where to Get/Sonho Astral/Evasões

Uvas (para os brasileiros) e uvas passas (para os europeus) têm o mesmo significado. Diz que é para comer 12 delas, com um pedido para cada mês. Para quem optar pela uva, deve-se guardar as sementes na carteira durante o ano todo para atrair dinheiro e prosperidade.

Parece que a tradição começou na Espanha, no final do século XIX. "Os espanhóis começaram a se reunir e a comer passas em vez de uvas em protesto contra uma taxa criada pelo município para quem queria celebrar o Dia dos Reis Magos antes do tempo (na altura não se celebrava o ano novo no dia 31 de dezembro, mas sim o Dia de Reis a 5 de janeiro). O protesto tornou-se uma tradição, a ponto de hoje muitas pessoas só comprarem pacotes de passas para comerem na passagem de ano" (Revista Evasões). 

Já que acabei de mencionar uva, não posso esquecer do espumante, que é um vinho com as borbulhas mais deliciosas. Como passar as doze badaladas sem um desse na mão? Praticamente impossível! 

Na religião cristã, o vinho significa sabedoria e vida e por ser feito de uvas, acredita-se que a bebida traz sorte e prosperidade. E que bebê-la em copo cristal purifica as energias espirituais. Ah! O tilintar das taças na hora do brinde, afasta as energias negativas.

Fonte: Sapolifestyle/Istockphoto/Guia da Semana

Para quem sonha com a maternidade, a romã representa a fertilidade e prosperidade por ter várias sementes. Então, segure 3 sementes nos dentes à meia-noite mentalizando o seu desejo e depois guarde consigo o ano todo.  

Quer subir na vida, ter a promoção tão esperada, melhorar a situação financeira ou alavancar seus negócios? A superstição diz que subir numa cadeira, com o pé direito e dinheiro na mão, garante sorte e prosperidade. Ah! Pular 3 vezes com o pé direito também surte o mesmo efeito.

Os fogos de artifício não são apenas para celebrar a entrada do novo ano. Segundo as tradições pagãs e orientais, o barulho afasta os maus espíritos do ano anterior. Parece que no sul de Portugal, é comum ouvir panelas batendo à meia-noite. Então, já sabe: é só abrir a janela e bater as panelas, usar apitos, gritar alegremente ou qualquer coisa que faça barulho. Quem sabe não espantamos o vírus e a pandemia para outro planeta? 

Fonte: HH Magazine/Eurodicas

Essa daqui é interessante e que também podemos fazer: na Colômbia e México, parece que é tradição, à meia-noite, caminhar ao redor da casa ou pelo quarteirão com uma mala na mão. Isso atrai muitas viagens (ou mudanças) para o próximo ano.

Superstições gastronômicas

Em muitos países, as pessoas costumam desfrutar de refeições consideradas como boa sorte para o ano seguinte. Como vimos, o consumo de 12 uvas na Espanha (e em outros países como Portugal e Brasil).

Em várias partes do mundo, os pratos tradicionais de Ano Novo apresentam leguminosas por acreditar que a semelhança com as moedas anunciam o sucesso financeiro futuro, como, por exemplo, lentilhas na Itália e no Brasil, feijão-fradinho nos Estados Unidos. 

Os porcos representam progresso e prosperidade em outras culturas e pratos com sua carne aparece em Cuba, Brasil, Áustria, Hungria, Portugal, entre outros países.

Bolos e pastéis em forma de anel, é sinal de que o ciclo do ano se fechou e completam a festa na Holanda, México, Grécia e outros lugares.

Enquanto isso, na Suécia e Noruega, o pudim de arroz com uma amêndoa escondida em seu interior é servido na ceia de Ano Novo. Dizem que a pessoa que encontrar a noz, pode esperar 12 meses de boa sorte.

Fonte: Tudo Gostoso/Utilplast Blog/Casa e Jardim/Iguaria! Receita e Culinária

Eu cresci com uma ceia de Ano Novo também cheia de rituais. Se no Natal come-se as aves, no Ano Novo estas ficam para depois do dia 1 de janeiro. Pois os supersticiosos dizem que as aves ciscam para trás e ninguém quer atraso ou retrocesso na vida para o próximo ano.

Por isso a comida se baseia em carnes de porco (porque é um animal que usa o focinho para frente, representando progresso), muitos vegetais, frutos do mar e peixes (seu movimento é sempre para frente). 

A lentilha (como salada ou cozida) significa prosperidade e abundância, esta nunca falta na mesa do brasileiro. "Algumas pessoas associam o formato, redondo e achatado, com o de uma moeda e assim depositam esperança em maiores ganhos financeiros consumindo a leguminosa na noite da virada" (Orla Rio). 

Os meus rituais de Ano Novo

Fonte: Jetss/Meu Anjo

Eu mesma faço os meus rituais de Ano Novo, um deles é escrever em um papel os meus agradecimentos pelo ano que passou e pedir as coisas que eu quero que se realizem no próximo ano.

Após a virada, eu queimo o papel com a chama da vela que decora a mesa da ceia e deixo que a fumaça eleve aos céus a minha gratidão e meus pedidos. As poucas cinzas que restaram, deposito ao pé de uma árvore muito bonita. No ano passado, eu queimei na lareira junto com um tronco de madeira (leia o artigo sobre o Solsíticio de Inverno para saber o significado do tronco de madeira).

Teve uma outra coisa que fiz durante muitos anos junto com o ritual do papel: pintava uma unha de cada cor para atrair tudo o que eu queria e usava a roupa nova na virada de ano para chamar novidades para os próximos 365 dias.

Tudo o que você fizer, faça com intenção, com o desejo do fundo do seu coração. Nada substitui a nossa energia e a vibração que ela emana para o universo. Mas não se esqueça das boas intenções, porque existe a lei do retorno. 

Nós vamos colher o frutos obrigatoriamente, entretanto, temos o livre arbítrio para escolhermos as sementes. Se forem sementes boas, a colheita será boa. Se forem ruins, a colheita será ruim também. Tudo o que fazemos, volta para nós. Seja consciente.

E você, me conta quais são seus rituais e superstições de Ano Novo?

Antes que eu me esqueça, que seu Ano Novo seja repleto de boas vibrações, alegrias, paz, saúde, harmonia, dinheiro, grandes conquistas e realizações.  

FELIZ 2022!!!

 

Fontes: Livius.org; Eclectic Witchcraft; Evasões; Guia da Semana; Orla Rio

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Existem tradições natalinas chinesas, japonesas e coreanas? (Revista Vitae)

Existem tradições natalinas chinesas, japonesas e coreanas? (Revista Vitae)

Posted by Roberta Ortolan - Magic Gourmet on 21.12.21 in chinesa, coreana, cultura, cultura gastronômica, japonesa, mais, revista vitae, tradições,

Observação: Escrevi este artigo para a Revista Vitae em dezembro de 2021. Por qualquer motivo, em 2023, a revista já não se encontra mais online, então, para não perder o conteúdo e manter meu portfólio (salvo em PDF), postei aqui. Qualquer dúvida, por gentileza, entre em contacto. Boa leitura!

 

Existe Natal no Continente Asiático? Já parou para pensar sobre as tradições natalinas chinesas, japonesas e coreanas? Topa descobrir a cultura oriental nesta época do ano? Então, bora!

1ª escala: China

Fonte: Istockphoto

Não existe um rótulo específico para denominar o Natal chinês. Entretanto há algumas curiosidades que muitos ocidentais não sabem:

O Natal é um feriado na China?

Mais ou menos, primeiro porque a maioria dos chineses não celebra o Natal. Segundo, da mesma maneira que a religião nacional é o ateísmo, não existe uma prerrogativa religiosa para tal festividade (daqui a pouco, eu explico mais sobre os chineses cristãos).

Contudo, há uma série de reuniões sociais nas comunidades estrangeiras que celebram o Natal. E terceiro, também não há férias de trabalho para a maior parte das pessoas que moram na China.

O curioso é que em áreas rurais e aldeias, os habitantes locais talvez nem saibam nada sobre o Natal. Porém, o Natal é uma espécie de feriado não oficial na China continental.

Mas, Roberta, há tradição natalina na China?

Comercialmente falando, sim. Os visitantes perceberão as decorações natalinas em hotéis, shoppings e grandes lojas como a Starbucks, por exemplo.

Já os comércios menores em grandes cidades, como Hong Kong e Xangai, impulsionam suas vendas e eventos por causa do Natal.

Os hotéis e restaurantes sofisticados, os que possuem 4 e 5 estrelas, chegam a oferecer confraternizações de Natal não só na véspera como no próprio dia 25 de dezembro.

E como os estrangeiros celebram a data?

Fonte: China Travel

A maioria dos estrangeiros que trabalham na China costuma ter o dia de Natal de folga e, com isso, muitos se deslocam para Hong Kong para aproveitar a festividade.

Além disso, muitos chineses acabam juntando-se à comunidade estrangeira para confraternizar o Natal oferecido em restaurantes e hotéis. 

Pequim, Xangai e Hong Kong são as cidades onde mais acontecem as festas natalinas, pois são cosmopolitas e com as maiores comunidades estrangeiras – isso sem mencionar os turistas.

Aqui quero dar uma atenção especial para Hong Kong e Macau: ambas são ex-colônias de países ocidentais e suas culturas são mais amigas do Natal.

Há feiras, grandes festas e comidas típicas natalinas do ocidente, incluindo luzes e fogos de artifício na Disney World. Em tempo: Hong Kong, colônia britânica e Macau, portuguesa – tanto que nem é preciso visto chinês para essas regiões.

Lembra do Boxing Day da Austrália, celebrado no dia 26 de dezembro? Então, em Hong Kong o Natal e o Boxing Day também são feriados.

Para você que não leu sobre as tradições de Natal da Austrália e do Brasil, vou explicar resumidamente o que é esse dia: o Boxing Day é uma tradição britânica na qual os empregadores dão presentes aos seus funcionários e também ocorre uma mega liquidação nos estabelecimentos comerciais.

Alguns estrangeiros preferem passar o Natal em casa tentando resgatar a sensação de conforto dos tempos em que eles estavam com os seus familiares reunidos. Muitos decoram a árvore, a lareira, chamam os amigos mais próximos para a ceia, trocam presentes…

Decoração Natalina

Fonte: China Travel

As grandes cidades ficam enfeitadas com luzes coloridas nas ruas, árvores, renas, Pai Natal tocando saxofone, entre outros. 

Poucas pessoas têm árvores de Natal. Se elas possuem uma, normalmente é de plástico e pode ser decorada com correntes, flores e lanternas de papéis. Também são chamadas de árvores de luz.

O estranho é que a maioria dos enfeites e árvores de Natal do mundo são fabricados na China, mas as pessoas que as fazem talvez nem possuam tais enfeites em suas próprias casas.

É comum ver enfeites de Natal do ano anterior ainda nos meses de verão nos pequenos comércios, porque não existe uma tradição para desmontar e guardar os enfeites. Para vocês verem como é a cultura!

E os presentes?

Os chineses adoram trocar presentes … nos seus feriados nacionais, em ocasiões especiais, mas não no Natal. Somente os estrangeiros é que mantêm tal prática.

Além disso, evoluiu uma tradição pouco comum na China: dar e comer maçãs na véspera de Natal.

Ou seja, a véspera de Natal chinesa é chamada de “Ping’an Ye” (平安夜), que significa noite pacífica ou tranquila, que foi traduzida da canção Noite Feliz. A palavra para maçã em mandarim é “píngguǒ” (苹果), que soa como a palavra para paz. Muitas lojas vendem maçãs embrulhadas em papel colorido.

Fontes: China High Lights/China Travel

Natal ou Dia dos Namorados?

O Natal chinês é praticamente Dia dos Namorados para os jovens com presentes, juras de amor, confissões, convivência, noites sem dormir, etc. Para eles é um dia romântico, exclusivamente para namorar. Aliás, patinação no gelo e parque de diversões são os locais mais populares para os jovens durante a festividade.

Como os cristãos chineses celebram as Tradições Natalinas?

Apenas 1% da população cristã chinesa celebra o Natal e é o principal evento do ano, superando até mesmo o Ano Novo Chinês. Os cânticos e as atividades são preparadas com bastante antecedência. 

Eles vão à igreja para as missas especiais, para as apresentações de corais, dança e teatro na véspera de Natal. Em Xangai há várias igrejas cristãs com serviços natalinos.

Fontes: China High Lights/China Admissions/Freepick

Vila de Natal

Beiji Village é o primeiro parque temático de Natal da China. Está localizado na parte ártica mais ao norte chinês, na zona rural de Mohe. Você pode ver a aurora boreal, andar de trenó, brincar com a neve e visitar a casa do Pai Natal.

E a gastronomia para esta celebração?

Fontes: All Recipes/China Travel/The Meatmen Channel

O prato ocidental que ficou popularizado na China é o bolo. É possível encontrar bolos de chocolate e baunilha cobertos com cereja, bem como os que possuem o sabor de chá verde.

Como eu disse anteriormente, os hotéis e restaurantes oferecem a gastronomia típica ‘ocidental’ de Natal para os estrangeiros que lá vivem.

Entretanto, os produtos confeccionados não são tão fáceis de encontrar no supermercado em geral, como o peru, por exemplo, tornando os preços dessas festas mais elevados.

Um jantar de Natal entre o Oriente e o Ocidente também pode conter o Pato de Oito Tesouros – uma versão chinesa do peru recheado. No recheio há frango, fiambre fumado, camarão, castanhas, brotos de bambu, vieiras e cogumelos com arroz ‘al dente’, molho de soja, cebolinhos, açúcar e vinagre de arroz. 

Eu li que alguns estrangeiros conseguem encomendar pela internet, mas não mencionava questões financeiras.

2ª escala: Japão

Fonte: Istockphoto

Quem chega ao Japão nesta época do ano, vai encontrar lojas enfeitadas com ramos de azevinho, bugigangas e canções de Natal flutuando pelos alto-falantes.

Também se vai deparar com árvores de Natal lindamente iluminadas e poderá degustar castanhas assadas, vinho quente e todos os outros ingredientes para uma das maravilhas do inverno.

Só há um porém, não é nada religioso (exceto para uma pequena população cristã no país), não é feriado e também não se trata realmente de família.

O Natal através da linha do tempo japonesa

Cristianismo

Em 1549, São Francisco Xavier chegou em Kagoshima como o primeiro missionário jesuíta no Japão. Embora ele tenha conseguido converter uma parcela do povo japonês ao cristianismo, o budismo e o xintoísmo prevaleceram, e, mesmo hoje, menos de 1% da população é cristã.

Ok, ok, eu explico a diferença: resumidamente, xintoísmo foca nas questões deste mundo, como a procriação, a fertilidade, a pureza espiritual e o bem-estar físico. O budismo, mesmo sem rejeitar o mundo terreno, foca na salvação espiritual e na possibilidade da vida após a morte. Continuemos...

Acredita-se que as primeiras celebrações de Natal ocorreram tempo depois da chegada do missionário no território japonês.

O Natal foi introduzido pela primeira vez no Japão no Período dos Reinos Combatentes (séculos XV a XVII). Foi uma época de convulsão social entre os senhores de guerra japoneses.

O primeiro serviço religioso de Natal foi realizado em 1552 e para homenagear o período festivo, foram feitas doações aos agricultores menos favorecidos.

Em 1614, o shogun Tokugawa foi uma nova era de isolamento para o país que levou a uma perseguição generalizada aos cristãos, por medo de que eles tentassem derrubar o novo governo.

Isso resultou na crucificação de 26 cristãos e no desaparecimento da prática pública da fé cristã. Contudo, acredita-se que os kakure kirishitan (cristãos secretos) celebravam escondidos durante as festas de inverno.

Fonte: Tokyo Cheapo

Restauração do Domínio Imperial

Quando o Japão reabriu as suas portas para o mundo, durante a Restauração do domínio imperial Meiji, a partir de 1868, muitas mudanças ocorreram na sociedade. Uma delas foi a consagração da liberdade religiosa. Por volta de 1873, o cristianismo e seus costumes, como o Natal, poderiam ser praticados novamente.

No entanto, o cristianismo na época significava grandes festas luxuosas para os visitantes estrangeiros. O Pai Natal foi apresentado aos japoneses no ano seguinte.

Século XX: pós-guerra e a venda de bolos

As lojas de departamento começaram a colocar árvores de Natal em 1904 e as vendas de bolos deram início uns anos mais tarde. Na década de 1930, a temporada de compras de Natal era um evento muito aguardado.

Tudo indica que durante a II Guerra Mundial, entre 1939 e 1945, todas as coisas consideradas americanas e comemorativas desapareceram, incluindo o Natal. Entretanto, com a influência americana nos anos de reconstrução do pós-guerra, o Natal explodiu com um evento popular voltado para o comércio.

Fontes: Tokyo Cheapo/Kansai Odyssey/KCP International

Foi nesse momento que as vendas de bolo com tema natalino explodiram e rapidamente se tornou a principal característica tradicional das celebrações de Natal. Essa tradição mantém-se até hoje.

Mas, Roberta, o que o bolo tem de especial?

Nada! Sabe aquele bolo da tarde que a gente toma com café? É um pão de ló simples, tipo esponja, decorado com glacê vermelho ou morangos e marshmallow branco (o que faz conotação com a bandeira do país).

Todas as famílias e casais comem o bolo na véspera de Natal.

Ceia Natalina

Parece que em 1974, um grupo de turistas estrangeiros procurava o famoso peru para a sua ceia, mas como não havia, decidiram comer frango frito.

Agora pasmem: o pessoal de marketing do KFC ficou sabendo da história e decidiu preparar a sua comida como A refeição de Natal, apenas com o seguinte slogan: “Kentucky para o Natal!”

Fontes: Tokyo Cheapo/Coisas do Japão

Pronto! Todo o país adotou o frango frito como uma nova tradição que se mantém até hoje. As refeições são mais elaboradas para a ceia de Natal e o pedido deve ser realizado com meses de antecedência. Só para arrematar, os japoneses ainda harmonizam com vinho ou espumante e, claro, como sobremesa, o famoso e tradicional bolo.

Olha, pode faltar o frango frito, mas o bolo… NUNCA!

“Love is in the air, everywhere I look around…”

A década de 1980, trouxe um super impulso à economia japonesa. Os yuppies (termo usado para os jovens profissionais entre 20 e 40 anos de idade) tinham muito dinheiro para gastar e várias corporações aproveitaram-se do comercialismo.

As revistas voltadas para o público jovem, anunciaram o conceito de Natal como um dia de romance, daí o conceito japonês de Natal ser igual ao amor.

Fontes: Coisas do Japão/KCP International/Brasileiras pelo Mundo

Além de ser uma época para espalhar a alegria, também se espalha o romance. Assim como na China, a véspera do Natal é considerada Dia dos Namorados. Os casais saem para terem um jantar romântico, depois trocam chocolates e passam a noite juntos passeando por toda a cidade decorada com as luzes de Natal.

Distribuir presentes, enviar e receber cartões de Natal foram alguns dos vários costumes ocidentais que também se popularizaram no Japão.

Oseibo: troca de presentes

A troca de presentes no final de ano japonês não tem relação com o Natal. O Oseibo é uma tradição da própria cultura de dar presentes entre os dias 20 e 28 de dezembro. Essa tradição tem o intuito de agradecer o apoio e o auxílio dos colaboradores, de pessoas com nível hierárquico superior e de familiares, amigos e professores.

Fontes: Coisas do Japão/Tokyo Cheapo/KCP International

O presente para a pessoa amada é outro assunto, que também não tem relação com Natal e nem com essa tradição cultural japonesa. Por causa do Natal, essa troca se misturou e muitas pessoas que não conhecem as tradições, se confundem mesmo.

Em tempo: 24 de dezembro tem mais importância que o dia 25 (este que não é nenhum feriado, é um dia útil qualquer e todo mundo trabalha normalmente).

Nos dias atuais, iluminações, mercados, feiras de Natal no estilo alemão e o Pai Natal estão esparramados pelas cidades.

Fontes: Parques e diversão/Coisas do Japão

E para finalizar a nossa viagem, com essa magia de amor espalhada pelo clima japonês, a Disney World de Tokio não fica de fora e mostra toda a sua magia através de seus desfiles de Natal.

3ª e última escala: Coreia do Sul

Fonte: Istockphoto

Enfim, chegamos à nossa última parada. Vamos conhecer as tradições de Natal sulcoreanas:

Religiosidade

Há mais cristãos na República da Coreia do que noutros países asiáticos, como China e Japão que acabámos de visitar. Cerca de 30% da população coreana é cristã, 56% não possui fé ou qualquer religião e o restante é budista.

As igrejas são decoradas com luzes e muitas possuem uma cruz em neon vermelha e brilhante no topo (fica acesa o ano todo – o que combina muito bem com as luzes de Natal). A maioria das igrejas realizam a missa no dia de Natal. Aliás, essa é uma prática natalina que se está a tornar cada vez mais popular, mesmo entre os não cristãos.

Muitas pessoas celebram o Natal em casa, cristãos e não cristãos. Para os coreanos que seguem alguma religiosidade, a presença da família reunida, tanto na véspera quanto no dia de Natal, é obrigatória. A de Jesus, não.

Decoração natalina

As lojas de departamento exibem grandes decorações. A capital coreana apresenta uma super exibição de luzes por todo o centro da cidade, incluindo pontes e jardins.

Especialmente os cristãos ocidentais costumam decorar a casa inteira, com tudo o que tem direito. A árvore de Natal está sempre presente.

Fontes: Korealand Scape/90 Day Korean

Celebração e Tradições Natalinas

25 de dezembro é um feriado nacional, portanto é dia de folga no trabalho e na escola. Dia 26, volta tudo ao normal. Há um feriado oficial mais longo no Ano Novo.

O sul-coreanos celebram o Natal com energia e absorveram muitas tradições ocidentais como Pai Natal, cartões e filmes de Natal. Para os jovens, não é puramente uma celebração religiosa, eles adoram passar o feriado mais entre os amigos, por causa das festividades, do que com a família.

Também é considerado um dia romântico, onde os namorados se esmeram para se impressionarem um ao outro.

Os cartões de Natal são importantes para manter o contato com os parentes e amigos. Já os filmes são muito populares e assistidos em família. Eles divertem-se com as histórias engraçadas de férias de inverno.

Fontes: Oriental Mart/Korea Post/Christmas Love to Know

Pai Natal

O Pai Natal veste roupas verdes ou azuis e, esporadicamente, vermelhas. Está sempre com suas túnicas tradicionais e, ao invés do gorro, uma cartola na cabeça (chapéu de cano alto). Os Pais Natais dos comércios, por questão de popularidade mundial, estão sempre vestidos de vermelho e branco.

A imagem do bom velhinho foi gradualmente sendo apresentada na Coréia do Sul como uma estratégia de marketing (lembra da Coca-Cola?) e para entreter as crianças.

Presentes

É tradição dar presentes no Natal, contudo dinheiro também é oferecido. O costume do país é somente presentear os familiares e amigos próximos.

Fonte: Korealand Scape

Na verdade, na maioria das famílias, cada pessoa recebe apenas um presente (e não vários como no ocidente) e a troca ocorre após a apresentação musical ou recital de poesia.

Curiosidade: o presente é sempre dado com as duas mãos.

Gastronomia

Fontes: Korea In/Aminoapp

O prato mais popular do feriado é o bolo de Natal, um bolo esponja coberto com creme ou pode ser um bolo de gelado (veja bem, não é um bolo de frutas. A massa é de arroz cozido no vapor e pode ser que pedaços de frutas apareçam como decoração no topo). Nossa, percebeu que os 3 países tem fixação por bolo?

As tradições gastronômicas estão enraizadas na família. Na ceia coreana aparece o bulgogi (uma carne grelhada), macarrão de batata-doce e o kimchi (um repolho agridoce), entre outras iguarias. Cada um da família faz o seu melhor prato.

Fontes: Oriental Mart/Christmas love to know/90 Day Korean

Para a sobremesa, além do famoso e idolatrado bolo, há docinhos coreanos que são confeccionados artesanalmente com nozes, frutos secos, feijão vermelho, etc.

E aqui terminamos a nossa viagem. Espero que tenha gostado das tradições dos três países do continente asiático.

Desejo que seu Natal seja repleto de muita paz, alegria, harmonia, saúde e amor. Feliz Natal!!

Fontes: Why Christmas; China Travel; Aminoapps, Mutual International, Japão em foco; Coisas do Japão; China Hugh Lights; China Admissions; Tokyo Cheapo; Suki Dero; KCP International; Rough Guides.

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