A saga do bacalhau

Olá pessoas! Tudo bem? Hoje eu estou aqui pra falar que a minha saga por bacalhau continua. Saímos pra jantar com nossos amigos/vizinhos e íamos em outro restaurante, mas o mesmo estava fechado no domingo à noite e eles nos levaram a um outro que já tínhamos ouvido falar muito bem.

Fomos ao A Viúva. Aqui como está chegando o inverno, as noites estão ficando bem frias (no domingo 8 da noite fazia 1ºC) e o ambiente estava bem quentinho, acolhedor. Bom, como eu já tinha ouvido falar sobre o bacalhau de lá, não tive outra escolha a não ser esta. Porém, uma única opção no cardápio (ao meu ver, por estarmos em um país onde o bacalhau é o carro chefe, teria que ter, ao menos, três opções).

Carta de vinhos com boas opções e pra harmonizar com o porco e o peixe pedimos um branco (mesmo que o pedido dos nossos amigos tivesse sido carne vermelha, eles toparam beber um branco e depois, tinto).

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 Bom, mas vamos para o que interessa (lembrando que são fotos minhas e de internet):

O restaurante estava com um festival gastronômico "Outono à Mesa" e esse foi o pedido do meu marido: Reca D'Aleu - Porto de boas vindas, couvert, o prato Reca D'Aleu (Carne de porco assada acompanhada com batatas, legumes, cogumelos, castanhas, creme de espinafre e geleia - ou doce - de abóbora), bebida, sobremesa e café:

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O meu Bacalhau com Broa - bacalhau alourado com camada de broa picada acompanhado de batata ao murro e legumes salteados:

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Eles pediram posta de vitela com fritas (estranho ouvir posta quando se trata de carne vermelha, pois no Brasil estamos acostumados a nos referir assim aos pescados), prato básico pra quem não quer errar:

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Sobremesa foi a da casa, Delícia Bolacha, com bolacha Maria e um creminho branco. Aqui harmonizou muito melhor com o porto recebido no começo do jantar:

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O charme do bauzinho em que vem a conta:

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Quebrando o Feitiço e Revelando o Feiticeiro

  • Atendimento: Bom. Garçons muito atenciosos e bem humorados, porém, "adoro" quando colocam o bração na minha cara pra entregar um saleiro!! Nos deixaram à vontade do início ao fim. O restaurante também não estava cheio.
  • Tempo de espera: Não teve, sentamos assim que chegamos. Os pratos vieram depois de vinte e cinco minutos.
  • Comida: Veio um couvert com manteiga, pães, queijos e patês de sardinha e atum. O porco eu provei, muito gostoso, porém chegou frio. O agridoce do porco com a abóbora e castanha dá um contraste bem bacana,  as batatas assadas complementam o prato. Ao contrário do bacalhau da Quinta do Paço (que os legumes eram vagens salteadas e uma posta com mais espinhas que carne), os legumes desse eram pimentões e repolho, o peixe veio com muita carne e nada de espinhas, com azeitonas e bem quentinho! Sem querer comparar, mas já comparando: comi o lombo e não o rabo do bacalhau. Veio meia porção bem mais saborosa que o da Quinta! Quando meu marido escolheu o festival, foi servido um vinho do porto, mas que só foi bebido no final (com a sobremesa) para não influenciar o vinho branco (excelente, elaborado com Antão Vaz, Roupeiro e Perrum, vinho fresco, frutas brancas frescas e caráter cítrico, ideal para acompanhar peixes grelhados e saladas). 
  • Ambiente: é bonito, bem decorado, intimista e quentinho.
  • Reserva: sim.
  • Relação custo x benefício: Mais ou menos, o prato do meu marido veio frio e a expectativa que eu coloquei de tanto me falarem sobre o restaurante e só ter uma opção de bacalhau? Não que não fosse gostoso, mas não foi O bacalhau da minha nova vida portuguesa (por isso que eu disse que a minha saga por bacalhau continua). A carne com as fritas poderiam ser melhores apresentadas e nenhum prato deveria chegar frio à mesa (inadmissível). O festival gastronômico com tudo o que tinha direito, era € 12, a minha meia porção € 9, as carnes € 15, sobremesa € 2,50 (caro!! Pra fazer um creme branco, triturar bolachas Maria e montar numa cumbuca não sai esse valor - eles devem gastar isso pra fazer a compra no mercado e montar várias sobremesas), mais os vinhos e outras bebidas, por casal, ficou por volta de € 29.
  • Estacionamento: na rua.
As vezes fico pensando que sou exigente demais ou mal acostumada demais, comparado às várias opções gastronômicas que temos em SP. Talvez lá tenha um público mais exigente porque a cidade respira gastronomia, pra todos os gostos e bolsos. Mas agora "Inês é morta", a minha transformação já ocorreu e não tenho como mudar. Paladar a gente aprimora!


Espero que vocês tenham a oportunidade de conhecer e, pra quem já conhece, por favor comentem. Bom apetite!🍴