Fonte: https://www.costar.com

Esse dia deu para cansar! A única maneira de conhecer um local é sair caminhando sem destino certo e sem hora para voltar. Como eu estava a trabalho na capital californiana e tinha que escrever conteúdo sobre a cidade, joguei na bolsa o livro de anotações, lápis, borracha e a carteira, claro!

Embarcadero

Fonte: Google* (2, 3 e Maps)
Saí andando e cheguei no Porto de San Francisco por uma via que circunda a orla leste da cidade conhecida como Embarcadero. 

O significado da palavra espanhola é embarcadouro ou, simplesmente, cais, pois era ali que funcionava o porto da cidade. Desativado, é um local turístico e comercial, cuja entrada possui uma exposição permanente sobre a história, construção e reabilitação, em 2003, do Ferryboat.

Além disso, há um espaço e mercado gastronômico que ocupam o prédio histórico. Lá dentro você pode comer a culinária peruana, ostras, doces, entre tantas outras opções. 

Pode comprar e degustar vinhos, cervejas artesanais, chás, além dos petiscos como queijos, embutidos, patês, torradas, pães, todos os tipos de cogumelos, sucos, bebidas destiladas e tudo mais que puder imaginar. 

Fonte: www.ferrybuildingmarketplace.com

Aliás, o calçadão do Embarcadero, leva você a todos os piers, oferecendo uma vista incrível da baía de San Francisco, das famosas ponte Goden Gate e a ilha de Alcatraz, onde está situado o presídio (inclusive, é aqui que pega o ferryboat para conhecer a ilha).

Há também um complexo, o Embarcadero Center, com escritórios, hotéis, centros comercial e fitness, e um parque público, o Rincon Park. 

Tá, não quer andar a pé porque são 11,5 km, desde o AT&T Park até o Fisherman's Wharf? Então, pode ser de bicicleta, trotinete, skate, patins (qualquer coisa que tenha rodas) ou o Cable Car F, mas vá conhecer as atrações que a Embarcadero oferece. Vale muito a atividade física e o passeio!

Não foi nesse dia que caminhei até o Fisherman's Wharf, pois tinha que pensar na volta e queria conhecer o happy hour do restaurante One Market (que passei em frente na ida).

One Market Restaurant

Fonte: Google*

Depois do passeio no Ferry Building Market Place, nada como aproveitar um happy hour com valor acessível, por volta dos 8 dólares, entre 16 e 20h, de segunda a sexta-feira.

Acredite, ir para uma balada e beber um copo de qualquer bebida alcoólica, será no mínimo 14 dólares. Para quem está acostumada a pagar numa gintônica em Vila Real, Portugal, de 4 a 6 euritos, sem gorjetas, San Francisco é um assalto (lembrando que é uma das capitais mais caras dos Estados Unidos e com custo de vida elevado!).

Fonte: https://www.opentable.com
Ao entrar no One Market Restaurant, disse que estava lá pelo happy hour. Um simpático garçon me indicou a mesa e ofereceu o cardápio daquela hora feliz. Comentei com ele que queria harmonizar as opções dos comes com os vinhos, então ele sugeriu o Sauvignon Blanc Ballard com o Pastrami Reuben.

A seguir, outra sugestão: Excelsior Chardonnay com o Smoked Salmon. E para finalizar, Pinot Noir Devil's Corner com Chanterelle Fettuccini.


Como ele me viu fazendo as anotações e com o meu interesse na enogastromia do happy hour, por livre e espontânea vontade, trouxe mais dois tintos para degustar, ambos californianos: Pinot Noir Russian River Valley 2019 e o Zinfandel Brown Estate. 

Na saída, conheci a simpaticissíma Tonya Pitts, que além de ser sommeliére responsável do restaurante, é consultora de enogastronomia, juíza e educadora de vinhos, entre tantas outras expertises. Um sorriso que alegra o ambiente, um astral sem igual! Se você for ao One Market, não deixe de conhecê-la. Aliás, ela me fez lembrar da Bombom, hostess do restaurante Lia Cozinha Criativa: cativam o cliente com o sorriso espontâneo.

Vamos revelar o Feiticeiro?

  • Atendimento: excelente! Pena que não lembro o nome da pessoa que me atendeu. Realmente ele foi impecável! Percebi que o happy hour é de pouca gente para o horário das 16 às 20h, mas, fim de ano, confraternizações de empresas, até que ficou mais movimentado depois das 18h. Como expliquei o que eu queria, harmonizar comes e bebes do cardápio do happy hour, o atendente de mesa foi super solícito, atencioso e trabalhava feliz. Depois fiquei sabendo por Tonya que ele é chef de cozinha também e faz maravilhas no fogão! Quando soube que eu também era sommeliére, trouxe outros vinhos fora da carta para eu provar. Nota 1000 para o rapaz! Respeitou o meu tempo e não ficou em cima (tipo: limpando mesa, perguntando, etc.).
  • Tempo de espera: nenhum.
  • Comida: delícia! O menu de happy hour apresenta boas sugestões e porções pequenas. É fim de tarde, é para petiscar, beber um drink e conversar. O Pastrami Reuben é um medalhão crocante pequeno de batata que faz uma caminha para o pastrami, chucrute (conserva de repolho fermentado), molho russo e coberto com queijo suíço. O salmão defumado também veio na mesma caminha de batata com creme fraiche de cebolinha, caviar de salmão e endro (di-vi-no!). Por último, Fettuccini Chanterelle com molho de tomate, manteiga de anchova e parmesão (casou muito bem com o Pinot Noir indicado pelo "nosso" amigo que não lembro o nome). Acho que de todas as harmonizações, os comes passaram por cima dos vinhos brancos, não que eles não fossem bons, mas faltava algo para A ligação, sabe?
  • Ambiente: acolhedor, chique, bonito, bem decorado, aconchegante, agradável e de frente para o Embarcadero. Tudo de extremo bom gosto e, pasmem, guardanapo de pano!
  • Relação custo x benefício: só pelo atendimento, já valia os dólares gastos! Não lembro exatamente o valor que paguei, mas creio que ficou na faixa dos 40 dólares.
  • Estacionamento: não sei, estava pé, transporte público na porta, mas há possibilidade de estacionar na rua.

Localização: 1 Market Street - San Francisco, CA 94105

Então, já conhece esse restaurante? Se sim, me conte a sua experiência. Aproveite que continua por aqui e leia o artigo Tentação no topo: descobrindo o The Cheesecake Factory em San Francisco.

 

 *O Google forneceu um carrossel com várias imagens sem identificar as fontes primárias.