Observação: Escrevi este artigo para a Revista Vitae em novembro de 2021. Por qualquer motivo, em 2023, a revista já não se encontra mais online, então, para não perder o conteúdo e manter meu portfólio (salvo em PDF), postei aqui. Qualquer dúvida, por gentileza, entre em contacto. Boa leitura!
– Alô produção, é isso mesmo, gomas de drinks e vinho quente? – É isso sim!! – Ok! Então, vamos à elas…
Fonte: 123.rf.com
Gomas, Jelly (Bears, Beans, Fruits), Jujubas são alguns nomes que esse doce recebe em vários pontos geográficos, mas antes de falar sobre as diferentes gomas, dei um passo atrás para descobrir a história deste doce que a todos encanta em qualquer idade.
Para chegar à produção das gomas que conhecemos hoje, temos que voltar na timeline da origem das geleias, compotas e conservas de frutas. As diferenças entre elas resumem-se basicamente entre textura e método de produção. Ou seja, a compota contém pedaços de frutas (grandes, pequenos ou inteiros), a geleia requer um sumo de fruta com um agente ‘gelificante’ para deixar o produto mais consistente.
As conservas, assim como as compotas, são frutas reais conservadas em açúcar. Já a geleia depende da interação de três elementos: açúcar, ácido e pectina (fibra solúvel contida nas paredes celulares das plantas). A fruta possui todos eles, entretanto o fabricante adiciona sempre mais.
Alguns séculos atrás…
Fonte: 123.rf.com
… uma ampla gama de agentes ‘gelificantes‘ ou endurecedores era conhecida pelos cozinheiros medievais, já que o reino animal apresentava a gelatina na forma de caldo de carne, colágeno de peixe, entre outros. No reino vegetal, as plantas forneciam sumos ricos em pectina e vários tipos de gomas naturais.
Nos tempos pré-romanos já se fazia a geleia, quando a polpa da fruta era misturada com mel e especiarias, e levada a secar ao sol. No século I d. C., os gregos colocavam os marmelos descascados em potes com mel e após um ano, a fruta tinha se tornado macia como “vinho-mel”.
Esta compota grega era chamada de ‘melomeli’ (melo: maçã e meli: mel). Os romanos melhoraram a conserva cozinhando a fruta com mel e especiarias, selando os potes para que ficassem herméticos a que chamaram de ‘melimela’.
As técnicas de gelificação que tiveram início na antiguidade, migraram do Meio Oeste para a Europa através das Cruzadas e, desde então, essas técnicas evoluíram e receberam novas adaptações e ingredientes.
Cozinheiros do século XVI faziam a gelificação dos pratos salgados ou agridoces com os agentes derivados de animais, misturando com creme ou leite de amêndoas, açúcar, aromatizado com especiarias ou água de rosas. E sabe como eram conhecidos? Como cullis, gellys ou brawn.
Fonte: 123.rf.com
– Opa produção… – O quê? – Você disse gelly? Qualquer semelhança é mera coincidência? – Claro que não!! – Continuemos…
A maioria desses doces de frutas estava disponível em duas formas: molhados e imersos numa calda, guardados em potes e consumidos à colher; ou, se se esperasse um pouco mais, com garfo; ou secos, tanto em grânulos quanto em lascas, cobertos de açúcar e guardados em caixas entre folhas de papel bem grossas.
No século XVII, o açúcar da cana era mais acessível e conservar as frutas com açúcar era uma opção viável financeiramente, já que as receitas que utilizavam mel no seu preparo foram adaptadas para esse ingrediente.
É possível que a técnica de fazer as marmeladas e outras conservas, fervendo quantidades iguais de polpa de fruta e açúcar em água, tenha sido herdada do Levante (geograficamente estende-se do Médio Oriente ao sul dos Montes Tauro, sendo esse o sul da Turquia), onde os confeiteiros eram especialistas em fundir frutas com açúcar (devidoao gelado).
Aliás, um dos seus principais ingredientes era o xarope de doce de açúcar. Curiosidade: um visitante descreveu o sabor do gelado turco como um tipo de pasta de frutas.
Mas por quê os marmelos?
Fonte: 123.rf.com/Conquiste sua Vida
Pelo alto teor de pectina, quando cozidos, a textura ficava muito mais sólida (comparado com outras frutas), por isso o marmelo era o favorito para conservar. Hoje a geleia é um produto parecido com a compota, por exemplo, de laranja: com açúcar, semilíquido e salpicado com tiras da própria casca.
Entretanto, o produto deriva da marmelada portuguesa medieval, uma pasta bem consistente que podia ser cortada ao invés de ser espalhada ou barrada no pão.
O termo marmelada acabou por se tornar muito usado para distinguir todos os tipos de conservas de frutas, não glutinosas e xaroposas como são hoje, mas firmes o bastante para serem transformados em doces individuais (marmelada de maçã, de figo, entre vários outros).
Jujubas ou Jelly Beans
Fonte: Vix.com/Nutrativa
No Brasil é muito comum chamar as gomas de jujuba, entretanto, tem um porquê esse nome:
Jujuba é uma árvore milenar cujo fruto possui propriedades medicinais, de casca vermelha escura, com formato de azeitona e flores amareladas.
A árvore jujuba crescia em grandes áreas do Velho Mundo, como China (árvore nativa), Índia, Egito e África. Seus residentes acreditavam que o fruto continha um alto valor nutritivo, bem como as tâmaras e os figos.
Os frutos da jujuba eram consumidos de várias formas, por exemplo, na China: em fruto seco, ou como um mingau doce (cozidos com milho ou arroz). Os doces feitos de jujuba realmente continham o seu sumo, inclusive eram usados para acalmar a tosse e aliviar a garganta.
O termo jujuba vem do inglês médio ‘iuiube’, que também se aplica às variedades de doces com sabor de frutas mastigáveis, no entanto, conforme o tempo foi passando, foram deixando de se assemelhar ao sabor do fruto da jujuba.
As jujubas pertencem à família culinária das geleias de frutas e são descendentes do doce Delícias Turcas, ou Turkish Delight, um doce de goma de frutas do Oriente Médio desde o século XVII.
Fonte: 123.rf.com
– Ooo produção?! – Sim… – As gomas que conhecemos hoje e que recebem vários nomes são ‘primas’ dessa delícia turca? – Exatamente…
A Delícia Turca é um doce gelatinoso coberto com açúcar de confeiteiro (lembra que a Turquia era especialista em fundir fruta e açúcar?), então, os doces possuem várias cores e sabores. As receitas foram introduzidas na Europa com o retorno das Cruzadas e são os ascendentes de todas as ‘jellies’ que conhecemos hoje.
Comercialmente falando…
Fonte: 123.rf.com
Século XVIII – a primeira patente inglesa para a produção de gelatina foi concedida em 1754.
Século XIX – a gelatina seca e sem sabor tornou-se disponível na Escócia em 1842.
Estados Unidos:
Em 1845, o inventor da locomotiva a vapor, Peter Cooper, patenteou a gelatina ‘portátil’, sobremesa em pó que requer a adição de água quente.
Foi publicado num livro de receitas (para as donas de casa em 1879) que a geleia feita de origem animal podia ser mais trabalhosa na cozinha, entretanto, era muito mais saudável e nutritiva que as fórmulas desidratadas que haviam sido introduzidas no comércio.
Em 1889, surgiu a gelatina fosfatizada (com ácido fosfórico). A gelatina granulada abriu caminho para a imensidão de receitas americanas que ganharam popularidade em 1894.
Laura Mason, uma especialista britânica em confeitaria, credita aos americanos o desenvolvimento das jujubas (gomas ou jellies). Contudo, não há registro que afirme que tenham criado o primeiro ‘feijão de geleia’, ou seja, o famoso Jelly Beans!
Século XX – as vendas de jujubas eram extremamente baratas, cêntimos o kg, e em 1930, a sua popularidade ficou associada à Páscoa. A partir desse momento, a produção em massa aumentou e ficou mais barata, pois na parte externa, os doces receberam um glacê de ceras comestíveis e substituíram o xarope de açúcar pelo xarope de glicose. Então, essa evolução da gelatina deve-se aos americanos, que sempre pensaram na praticidade de tudo e em ‘gordices’ como ninguém. Da América para o mundo!
Fonte: 123.rf.com
– Ok, produção, entendi! Mas onde está a goma de vinho quente? – Sabia que perguntaria…
As gomas gourmet – Made in Azeitão, Portugal
Há tantas marcas diferentes que embalam mais do mesmo, fiquei surpresa ao descobrir que existem outros tipos de gomas: a de chá e a alcoólica.
Fonte: Place du Thé
Conversei com Dora Ribeiro, proprietária do Place du Thé, que se especializou em chás após um longo percurso numa multinacional de automóveis. Para ela a vida não podia ser tão stressante e a sua paixão por chás levou-a para um caminho muito mais leve, prazeroso, descontraído e totalmente novo.
Place du Thé veio com a missão de mostrar que o chá não é uma bebida somente para enfermidades ou má disposições. Da mesma maneira que degustamos um bom vinho, é possível fazer o mesmo com o chá.
Place du Thé lançou uma gama de chás gourmet com sabores exóticos para atiçar as papilas gustativas e trazer vários benefícios ao corpo, afinal, são ervas naturais com propriedades ímpares.
Fonte: Place du Thé
Jelly Bear de chá e Bean alcoólico
Contudo, Dora não ficou apenas nas ervas tradicionais, ela apostou em algo inédito em terras portuguesas: chás em gomas, ou melhor, Jelly Bear de chá. Basta mergulhar um ou dois ursinhos numa chávena com água quente e esperar que se dissolva (para que saquinhos?).
É uma prática para o trabalho e para qualquer local ou ocasião, afinal, os ursinhos podem ser levados dentro da carteira! Há sabores de limão e gengibre, sabugueiro e ruibarbo, hortelã pimenta, laranja e canela, pêssego e limão, e framboesa e baunilha.
Fonte: Place du Thé
O lançamento aconteceu na LX Factory e logo conquistou holandeses e espanhóis. Um tempo depois, Dora apareceu com as gomas shots. Ou seja, gomas mastigáveis com onze por cento de álcool. Há de caipirinha, morangoska, whiskey cola, gin tónico, cuba libre, tequila sunrise e vinho quente.
Lembrando que são gomas de frutas com álcool, por isso, a venda só é permitida para maiores de idade. A venda é feita online tanto pelo site Place du Thé, quanto por e-mail ou pelas redes sociais (Facebook ou Instagram).
Há opções de coffrets se quiser presentear alguém especial, como por exemplo:
Fonte: Place du Thé
Qualquer que seja a intenção, há sempre uma razão para mastigar ou derreter um“ursinho”, ops, umas gomas!
Fontes: Oxford Companion to Food (1999, A. Davidson); Encyclopedia of Food and Culture (1999, J.F. Mariani); An A to Z of Food and Drink (2002, J. Ayto); Jell-O: A Biography (2001, C. Wyman); Sugar Plums and Sherbet: The Prehistory of Sweets (2004, L. Mason); Pickled, Potted and Canned: How the Art and Science of Food Preserving Changed the World, (S. Shepard); Encyclopedia of Food and Culture (2003, S.H. Katz); Sweets: A History of Temptation (2002, T. Richardson); Cambridge World History of Food (2000, K.F. Kiple & K.C. Ornelas); Nectar and Ambrosia: An Encyclopedia of Food in World Mythology (1999, T. Andrews).
Todo mundo sabe que hoje, 31 de outubro, é celebrado o Halloween, o Dia das Bruxas (após a leitura, aceito os parabéns nos comentários!). Mas você sabia que sua origem vem de um antigo festival celta chamado Samhain?
O que é Samhain?
A pronúncia da palavra é SOW-EN, e vem do gaélico Samhuin.
Samhain ocorre entre o Equinócio de Outono e o Solstício de Inverno, significando o 'fim do verão', celebrando o fim da colheita e o início da metade mais fria do ano. Também é o início de um ano novo espiritual e é o festival dos mortos, aliás, essa associação com os mortos e a morte representa os ciclos da natureza. Ou seja: semeou, cresceu, colheu e morreu. Esse é o período em que a vegetação morre novamente com as geadas e o clima frio e, com isso, "a morte está no ar".
Para os celtas, desde a antiguidade, é em Samhain que as portas entre os planos físico e espiritual se abrem para que seus ancestrais falecidos se comuniquem com os descendentes na terra. É o momento de encerrar o luto para aqueles que perderam seus entes queridos no ano anterior.
As celebrações
Originário da Europa antiga como um festival do Fogo Celta, atualmente, o Samhain é celebrado em todo o mundo. Entretanto o momento das celebrações
contemporâneas pode variar de acordo com a localização geográfica e a tradição espiritual:
Alguns comemoram ao longo de vários dias e
noites, incluindo uma série de
ritos solitários ou coletivos, por exemplo: cerimônias, festas e reuniões com a família,
amigos e comunidade espiritual.
No hemisfério norte, a partir do pôr do sol de 31 de outubro a 1 de novembro.
Outros realizam no fim de semana mais próximo
da Lua Cheia ou da Lua Nova nesta época.
Alguns pagãos
observam o Samhain um pouco mais tarde, próximo a 6 de novembro, coincidindo com o ponto médio astronômico entre o Equinócio
de Outono e o Solstício de Inverno.
No hemisfério
sul, ocorre no final de abril e início de maio, meio do outono, ao invés do tradicional
tempo europeu durante o feriado.
A relação com o Cristianismo
Com o
crescimento e a disseminação do Cristianismo como religião dominante em
toda a Europa, os líderes da igreja reformularam o Samhain como uma celebração cristã. No século IX, o Papa Gregório declarou que o
Dia de Todos os Santos seria em 1º de novembro e
comemoraria os santos e mártires cristãos. O Dia de Finados em 2 de
novembro seria uma lembrança para todas as almas dos mortos.
Com a ida
dos cristãos espanhóis ao México, os costumes indígenas de homenagear os
mortos se misturaram ao catolicismo romano e deram
origem ao Dia de los Muertos, no início de novembro.
Missa All Hallow
Os pagãos locais já estavam
celebrando aquele dia de qualquer maneira, então fazia sentido usá-lo
como um feriado da igreja. O Dia de Todos os Santos se tornou uma data comemorativa para
homenagear qualquer santo que ainda não tivesse um dia para si.
A missa
que foi celebrada em Todos os Santos foi chamada de Allhallowmas, a
missa de todos aqueles que são santificados. A noite anterior
naturalmente se tornou conhecida como All Hallow's Eve, e eventualmente
se transformou no que chamamos de Halloween.
O Halloween
É celebrado no dia 31 de outubro e a palavra é uma abreviação de All Hallow's Eve. Embora ocorra na mesma época do ano e tenha raízes nas
celebrações do fim da colheita do passado antigo, o Halloween e o
Samhain não são o mesmo, mas são dois feriados que diferem
consideravelmente em foco e prática.
Halloween
continha muitas práticas pagãs tradicionais antes de ser levado para a América no século XIX. Atualmente, tanto na América quanto em
outros lugares, o Halloween é um feriado folclórico secular.
Além disso, a festividade
evoluiu para ser um feriado infantil voltado para a família, bem como
uma ocasião para as pessoas de todas as idades se expressarem criativamente
e se envolverem em brincadeiras através de fantasias, doces ou travessuras, narrativa, encenação,
pegadinhas, visitas assustadoras a lugares e festas.
Doces ou Travessuras?
Durante
algumas celebrações celtas do Samhain, os aldeões se disfarçavam em
trajes feitos de peles de animais para afastar visitantes fantasmas;
mesas com comidas eram preparadas e deixadas para fora para
também afastar os espíritos indesejáveis.
Nos séculos posteriores, as
pessoas começaram a se vestir como fantasmas, demônios e outras
criaturas malévolas, fazendo palhaçadas em troca de comida e bebida.
Esse costume, conhecido como mumming, remonta à Idade Média e é
considerado um antecedente das doçuras ou travessuras.
As
travessuras medievais, com as raízes do Cristianismo: as famílias ricas
recebiam as visitas de pessoas pobres com doces conhecidos como bolos da
alma. Em troca, os visitantes prometiam rezar pelas almas dos
familiares falecidos dos anfitriões. Conhecida
como souling, a prática foi posteriormente adotada por crianças, que
iam de porta em porta pedindo comida, dinheiro e cerveja.
Na
Escócia e na Irlanda, os jovens se fantasiavam e ao baterem à porta das famílias, cantavam uma música ou
recitavam um poema ou contavam uma piada ou faziam algum tipo de
“truque” antes de receberem as 'guloseimas', que normalmente eram
frutas, nozes ou moedas.
Nos Estados Unidos, início do século
XIX, os imigrantes que fugiram da fome da batata irlandesa contribuíram
para popularizar a festividade. Já no início do século XX, as
comunidades europeias reviveram as tradições do souling. A partir de
1920, a festividade caiu na graça dos jovens rebeldes, transformando o
Halloween em vandalismo, agressões físicas e violência durante a Grande
Depressão americana.
Na década de 30 e com a II Guerra
Mundial, houve o racionamento do açúcar e poucos doces para distribuir.
Depois da guerra, as travessuras e gostosuras voltaram com força total
entre as crianças e as empresas de doces viram a
possibilidade de lucrarem muito mais com campanhas publicitárias
totalmente voltadas para o Halloween.
Embora não se saiba exatamente onde e quando a frase
“Trick or Treat" foi inventada, o costume foi firmemente
estabelecido na cultura popular americana em 1951, quando a frase foi inserida nos quadrinhos de Peanuts.
Em 1952, a Disney produziu um desenho animado chamado “Trick or Treat”
com o Pato Donald e seus sobrinhos Huey, Dewey e Louie.
As travessuras de Halloween também
têm uma tradição no Samhain, embora na antiga celebração os truques
fossem normalmente atribuídos às fadas.
A origem irlandesa de Jack O'Lantern
A temporada de Halloween é marcada com abóboras esculpidas com rostos macabros e iluminados por velas.
Conhecida como Jack O'Lantern, ou Jack da Lanterna, essa prática de decoração teve origem na Irlanda. Inicialmente, era feita com nabos e batatas, mas como a abóbora era um produto nativo e abundante na América, logo se tornou parte da festividade de Halloween.
Tal nome veio de um conto popular
irlandês sobre um homem chamado Stingy Jack (traduzido para o português, Mesquinho Jack):
De acordo com a história, Stingy Jack
convidou o Diabo para tomar uma bebida com ele. Stingy Jack não queria pagar, então ele convenceu o Diabo
a se transformar em uma moeda para que Jack pudesse comprar suas
bebidas. Assim que o Diabo fez isso, Jack decidiu guardar o dinheiro no bolso ao lado de uma cruz de prata, impedindo o Diabo
de voltar à sua forma original.
Jack finalmente libertou o Diabo,
sob a condição de que ele não o incomodaria por um ano e que, caso
Jack morresse, ele não reclamaria sua alma. No ano seguinte, Jack
novamente enganou o Diabo para que subisse em uma árvore para colher uma fruta. Enquanto ele estava na árvore, Jack fez um sinal
da cruz na casca da árvore para impedir a descida do Diabo. Ele só desceria se prometesse que não o incomodaria por mais dez anos.
Logo depois, Jack morreu. Segundo a lenda, Deus não permitiria que uma
figura tão desagradável entrasse no céu. O Diabo, chateado com o truque e mantendo sua palavra de não reivindicar sua alma,
não permitiria que Jack fosse para o inferno. O Diabo o enviou para a
noite escura com apenas um carvão em chamas para iluminar o caminho.
Jack colocou o carvão em um nabo esculpido e tem vagado pela Terra desde
então. Os irlandeses começaram a se referir a essa figura
fantasmagórica como 'Jack da Lanterna' ou, simplesmente, 'Jack
O'Lantern'.
Para afastar os espíritos malignos, inclusive Stingy Jack, irlandeses e escoceses faziam suas próprias
versões das lanternas de Jack esculpindo rostos assustadores em nabos ou
batatas e colocando-os nas janelas ou perto de portas.
Os ingleses adotaram as beterrabas grandes. Os imigrantes europeus nos Estados Unidos descobriram que as abóboras eram perfeitas para as tais lanternas de Jack.
O ano novo das bruxas
O pôr do sol no Samhain é o início do Ano
Novo celta. O ano velho passou, a colheita foi feita, gado e ovelhas
foram levados dos campos e as folhas caíram das árvores. A terra
lentamente começa a morrer ao nosso redor.
Este é um bom momento
para pensarmos em se desfazer do velho e nos preparar para o novo em
nossas vidas. Pense nas coisas que você fez nos últimos doze meses. Você
deixou alguma coisa sem solução? Em caso afirmativo, agora é a hora de
encerrar as coisas. As roupas que não usa mais, doe. Jogue fora os papéis que não tem mais importância, abra espaço nas gavetas. Depois de limpar todas as coisas inacabadas de sua
vida, você pode começar a olhar para o próximo ano.
Gastronomia
Não vou falar das incríveis ideias de preparar a festa de Hallowen. Nada de embalagens imitando fantasmas, vassouras ou abóboras. Fui atrás de receitas típicas irlandesas que são preparadas para a celebração de Samhain.
Uma das comidas mais populares servidas com este festival é Barm Brack
ou Barmbrack. Tempos atrás, este seria um pão/bolo com frutas e outros pequenos objetos para ajudar a prever o
próximo ano. Como assim? É isso mesmo. Cada pessoa tinha que escolher a peça com cuidado. Por exemplo:
Achar um anel dentro do pão, significava verdadeiro amor e
casamento;
Um dedal, que a pessoa nunca se casaria;
Um trapo ou pedaço de um tecido qualquer, pobreza;
Uma moeda, riqueza.
Hoje os supermercados vendem o
pão, mas o único charme que poderá encontrar é
apenas o anel.
Tradicionalmente, a comida sazonal teve um grande papel em Samhain, já
que o dia é o final de outubro e início de novembro, então o alimento já tinha sido colhido e guardado, por isso, fartura e abundância na despensa.
No entanto, quando Samhain
eventualmente ficou conhecido como Dia de Todos os Santos, comer carne não era permitido, então a comida tornou-se algo
vegetariano.
Segue algumas sugestões (clique nas imagens para ir diretamente às receitas - estão em inglês):
Boxty - Bolo irlandês de batata redondo e achatado.
Beef and Guinness Pie - Torta de carne com cerveja.
Colcannon - batatas amassadas com repolho, couve galega e cebolinha. Costuma ser servido como acompanhamento.
Soda Bread - O onipresente pão servido de Norte a Sul da Irlanda.
Irish Stew - Ensopado favorito dos irlandeses e confeccionado com cordeiro de nível internacional.
Barmbrack - Pão/bolo com frutas contendo amuletos para prever o futuro de quem os encontra.
Todo mundo pode celebrar o Samhain
Ledo engano quem pensa que só os pagãos podem celebrar Samhain. Há diversas maneiras para isso e são muito simples, espia:
Caminhada pela natureza: faça uma caminhada
meditativa em uma área natural perto de sua casa. Pode ser um parque! Observe e contemple as
cores, aromas, sons e outras sensações da estação. Experimente a si
mesmo como parte do Círculo da Vida e reflita sobre a morte e o
renascimento como uma parte importante da Natureza. Se o local que você
visita permitir, reúna alguns objetos naturais e na volta use-os para
enfeitar sua casa.
Reflexões: reflita sobre você e sua
vida no ano passado. Revise jornais, planejadores, fotografias, blogs e
outras anotações que você criou durante o ano passado. Considere como
você cresceu, suas realizações, desafios, aventuras, viagens e
aprendizados. Meditar. Faça um diário sobre o ano em que foi revisado,
sua meditação e suas reflexões.
Renovar. Selecione uma
área de sua casa ou vida como foco. Examine. Reorganize-o. Libere o que
não é mais necessário. Crie um padrão melhor. Comemore a renovação e a
transformação.
Altar dos ancestrais. reúna fotos, relíquias de família e
outras lembranças de familiares falecidos, amigos e criaturas
companheiras, como animais de estimação. Disponha-as em uma mesa junto
com várias velas votivas. Acenda as velas em sua memória enquanto você
diz seus nomes, expresse seus desejos de boa sorte e agradeça a eles por
fazerem parte de sua vida. Sente-se calmamente e preste atenção ao que
você experiencia. Se quiser, anote todas as mensagens que você receber. Este Altar dos Ancestrais pode ser criado apenas para o Samhain.
Histórias de ancestrais: saiba
sobre a história da família. Entre em contato com parentes
mais velhos e peça-lhes que compartilhem memórias de parentes falecidos. Registre-os de alguma forma e compartilhe o que você aprendeu e
escreveu com outro membro da família ou amigo. Adicione os nomes das
pessoas sobre as quais você aprendeu e deseja homenagear ao Altar de
seus antepassados.
Visita ao cemitério: visite o
túmulo de um ente querido em um cemitério. Lembre-se de memórias e
considere as maneiras pelas quais a pessoa amada continua a viver dentro
de você. Coloque ali uma oferenda, como flores frescas, ervas secas ou
o que tiver vontade.
Em contraste...
Samhain compartilha a antiga prática espiritual de lembrar e prestar
homenagem aos mortos com esses feriados religiosos relacionados ao Cristianismo.
Mesmo que as celebrações possam incluir festas, a
homenagem aos Mortos, que é central para o Samhain, é uma prática
religiosa séria e benevolente, em vez de uma reconstituição alegre e fictícia.
Os
ritos pagãos não envolvem sacrifícios humanos ou de
animais. A maioria dos rituais do Samhain é realizada em particular, e
não em público.
Observação: Escrevi este artigo para a Revista Vitae em outubro
de 2021. Por qualquer motivo, em 2023, a revista já não se encontra mais online,
então, para não perder o conteúdo e manter meu portfólio (salvo em PDF),
postei aqui. Qualquer dúvida, por gentileza, entre em contacto. Boa
leitura!
Foda aonde?
Calma! Muita calma nesta hora, pois não é bem isso que você está pensando! Primeiro de tudo deixem-me explicar que Foda à Monção é uma iguaria culinária típica de Monção, uma vila que faz fronteira com Espanha, localizada em Viana do Castelo, Noroeste de Portugal.
O ingrediente principal deste prato é o cordeiro e a sua preparação demora mais de 24 horas e talvez seja esse o segredo por ter sido considerado uma das 7 Maravilhas à Mesa® de Portugal, em 2018.
Mas que nome é este?
O Cordeiro à Moda de Monção, o Foda à Monção, recebeu este nome devido a uma tradição antiga do povo local. É tão antiga a sua história que não sesabe a data específica.
De acordo com as pesquisas, a história conta que os produtores de gado vendiam os seus animais nas feiras para os moradores da vila que não tinham rebanho. No entanto, alguns desses produtores, por possuírem animais mais magros e de olho nos melhores preços, praticavam uma artimanha que iludia o povo: colocava-se sal na alimentação do gado, obrigando-o a beber muita água e, com isso, aparentava ser um animal bem nutrido, ou seja, gordo, pesado e com barriga grande (de líquido!). No momento em que os compradores descobriam que haviam sido enganados, usavam a seguinte expressão minhota: “Que grande foda!”.
A mesma foi tão popularizada que o prato passou a ser chamado de “foda” na região do Minho. Se você estiver passeando por algumas dessas aldeias ou vilas do distrito, é capaz de ainda escutar a seguinte frase: “Ó Maria, já meteste a foda?”.
Mês do Cordeiro à Moda de Monção
A Câmara Municipal de Monção, em parceria com 24 restaurantes da cidade, decidiu organizar o evento “Mês do Cordeiro à Moda de Monção” com o intuito de evidenciar a tradição e a autenticidade não só da iguaria típica monçanense como também, a cultura e a economia locais.
A edição de 2021 ocorre nos dois últimos fins de semana de outubro: 23 e 24, 30 e 31. Para quem visitar um dos 24 restaurantes parceiros, recebe um Voucher Oferta que consiste em: visita guiada ao Museu Alvarinho, pequeno alguidar (tigela) de barro, Cordeiro à Moda de Monção e Roscas de Monção.
Clique aqui para conhecer os restaurantes que aderiram ao evento e ter direito ao Voucher Oferta.
Como ainda dá tempo de degustar todas as tipicidades monçanenses, segue a programação para o próximo fim de semana:
30/10: 11h00 – Enogastronomia: Cordeiro à Moda de Monção & Vinho Tinto, no Museu Alvarinho. É uma parceria entre Confraria da Foda de Pias e Real Confraria do Vinho Verde tinto.
21h30 – Concerto da Banda Musical da Casa do Povo de Tangil, no Auditório do CTJV. Ingresso: € 2.
31/10: 10h30 – Visitas encenadas a museus: Museu Monção & Memórias, Viagem no Tempo – Rota dos Castros e Museu Alvarinho.
Tanto para a enogastronomia quanto para a visita encenada, é preciso fazer a inscrição com antecedência, pelo telefone, +351 251 649 013, ou e-mail, turismo@cm-monção.pt, porque a capacidade máxima é para 16 pessoas.
Confira o vídeo sobre as peculiaridades de Monção, incluindo a Foda, é claro:
Património espalhado pelos quatros cantos de Monção
Ao todo são 33 freguesias entre área urbana e geográfica do Concelho de Monção. Explorar Monção é entrar em contato com a ancestralidade histórica e a identidade endógena local. Há as muralhas fernandinas com paisagens incríveis, as ruas estreitas dentro da cidade mostram varandas coloridas, a gastronomia típica arranca suspiros dos comensais e a hospitalidade generosa de seus residentes são características pontuais que conquistam os curiosos de plantão.
O seu turismo envolve um património diversificado e que está dividido nas seguintes esferas: Patrimónios Natural, Arqueológico, Etnográfico, Civil, Militar, Arquitetónico e Histórico, e Religioso.
Conhecendo um pouco da cultura local
Aproveite o clima minhoto e descubra tudo o que a região lhe pode oferecer. Seguem algumas dicas culturais:
Centro Interpretativo de Castro de São Caetano: este centro é um espaço com um imenso valor pedagógico para académicos e arqueólogos, pois o Castro de São Caetano foi classificado como monumento nacional em 1926, decreto nº 11454 de 19 de fevereiro, pela sua rica arqueologia, sendo objeto de muitas intervenções investigativas para a sua valorização.
O Castro de São Caetano era uma aldeia da Idade do Ferro, com habitações circulares e sub retangulares, cerâmicas indígenas e romana, além de materiais cerâmicos de construção originalmente romanos. Tudo isso mais o espólio cadastrado comprova a importância do local entre os séculos I a. C. e II d. C..
Para visitar, é necessária marcação prévia por telefone, +351 251 653 215, ou e-mail, dec@cm-moncao.pt.
Torre de Lapela: é conhecida como “a melhor varanda do Rio Minho”, pois a sua incrível vista abrange o rio, a margem galega e o casario tradicional de Lapela. A história não diz precisamente a data de fundação do Castelo de Lapela, contudo conta que D. Afonso Henriques o construiu após o Recontro de Valdevez, mantendo-se como baluarte da nacionalidade portuguesa até às Guerras da Independência. A Torre, de grande importância militar no decorrer da Baixa Idade Média, parece ter sido construída durante as guerras com Castela no reinado de D. Fernando.
A Torre possui 35 metros de altura, 22 metros de largura e 3 metros de espessura nas paredes. Totalmente construída de pedras cúbicas e impecavelmente unidas, pois em suas junções não há evidências de cimento.
Após as Guerras da Restauração da Independência, sob ordens de D. João V, boa parte do Castelo foi demolido para que a fortaleza de Monção fosse recomposta com essas pedras.
Museu Etnográfico de Longos Vales: apresenta ao público a herança cultural e etnográfica coletiva, os costumes, os antigos ofícios através de um acervo que abrange a ruralidade da Freguesia de Longos Vales, como por exemplo: utensílios de campo, cozinha e instrumentos relacionados ao linho, os carros de bois, potes do alambique, pipas de vinhos, malhadoras e debulhadoras de alimentos, entre outros.
Visita por marcação prévia por telefone: +351 969 073 141.
Casa Museu de Monção: unidade cultural da Universidade do Minho. Dona Maria Teresa Cardeal Andrade Martins Salgueiro (Ufa, que nome comprido!), deixou em testamento, em 1992, uma parte de sua fortuna à Universidade na condição de criar um espaço cultural na sua casa de Monção – seu intuito era valorizar e promover a cultura museológica, etnográfica e sociológica. Tanto no seu interior quanto o imóvel em si, expressa os costumes e os hábitos de uma família que fazia parte da alta burguesia na primeira metade do século XX.
O imóvel foi construído na segunda metade do século XVIII e o seu jardim, que rodeia a casa, possui uma fonte em Art Nouveau (estilo artístico francês que foi propagado por toda a Europa entre 1890 e 1910).
Entre tantos objetos interessantes expostos no interior da casa, há uma coleção de, mais ou menos, 5.000 garrafas de vinho do Porto de 1926. Tudo indica que esta coleção pertencia ao pai de Dona Maria Teresa que, além de médico, era entendedor da vitivinicultura, pois havia uma extensa vinha onde atualmente estão localizados os jardins. Parece que o marido de Dona Maria Teresa não se interessava pela atividade como o sogro e por isso não manteve a vinha, uma vez que seus hobbies eram a caça, a pesca e a fotografia.
Além de tudo isto, há ainda a cultura histórica e turística em volta da casta Alvarinho: é uma das mais antigas do Noroeste Peninsular, onde as primeiras foram identificadas na Galiza em videiras com mais de 300 anos. No Tratado da Agricultura dos Vinhos, pertencente ao século XIX, Visconde de Vilarinho de São Romão descreve as impressões prévias sobre a casta: “Alvarinho: dá muito, avinha bem e quer terrenos fortes”.
Após a demarcação das regiões produtoras de vinho, os vinhos de Monção receberam imensa valorização por estarem localizados na Região dos Vinhos Verdes, e o conceito de não serem bons caiu por terra quando os resultados da sua produção de vinho branco surpreenderam.
Museu Alvarinho: fomenta o conhecimento da cultura vitivinícola e o património desenvolvido em Monção de maneira ecológica e sustentável. A exposição apresentada no museu expressa unicidade da sub-região de Monção e Melgaço para a produção de vinho Alvarinho, bem como classificá-lo como um produto gastronómico de altíssima qualidade.
Outro intuito do museu é valorizar as competências etnográficas, além das tradições e saberes dos antepassados que muito contribuíram para o desenvolvimento de Monção, protegendo o patrimônio, identidade e pertença locais.
O horário de funcionamento é das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. Telefone: +351 251 649 009.
Eventos para difundir a casta e conquistar novos apreciadores:
Feira do Alvarinho: considerada a maior Wine Party de Portugal e que costuma ser realizada no primeiro fim de semana de julho.
Alvarinho Wine Fest: realizado em Lisboa para promover o vinho entre os lisboetas e a região sul do país.
Monção e Melgaço The White Experience: celebração de excelentes vinhos brancos portugueses, franceses, alemães, espanhóis e austríacos. Os produtores de Monção e Melgaço são os anfitriões.
Assim como todas as regiões produtoras de vinho, é possível fazer enoturismo na região. Para saber mais sobre as Adegas, Quintas e Cooperativas, acesse aqui.
Gosta de adrenalina?
Antes de finalizar o artigo, esta dica vai para os amantes radicais da natureza, os que gostam de desporto e aventura. A região de Monção e Melgaço possui boas opções para quem quer aproveitar a natureza ao extremo, por exemplo: atividades aquáticas e de cordas; caminhadas de montanha; canoagem; passeios pedestres e de buggy, paintball, e ainda se pode escolher os níveis de dificuldade (fácil, média ou difícil). As empresas especializadas oferecem pacotes incluindo alojamento + atividades. Eu cito 4 atividades, mas há muito mais na região. Dê uma olhadela:
Arvorismo-slide: o circuito de arvorismo fica a consideráveis metros de altura do solo, com diversas pontes suspensas. Destreza, equilíbrio, agilidade e superar o medo são alguns desafios que o participante enfrenta. O circuito termina com intensas emoções na descida de slide.
Rafting: descer rios ou rápidos com botes insufláveis. É uma incógnita porque não dá para saber como será o percurso, pois a água é quem manda no nível de emoção, ou seja, “transpor rápidos, remoinhos, ondas num barco insuflável é o grande objectivo da actividade”! Tudo com equipamento de segurança e uma pessoa responsável pela condução e orientação do grupo no decorrer do circuito.
Canoagem: além de ser uma caminhada pelo rio ultrapassando os obstáculos da natureza ao longo do percurso, será possível nadar em piscinas naturais, saltar para lagoas cercadas de imensos penhascos e fazer rapel, com toda a segurança e na presença de um instrutor, obviamente, para concluir o percurso.
Paintball: desporto de combate, que pode ser jogado individualmente ou em equipas. A arma é de ar comprimido que atira bolas com tintas coloridas. O objetivo é acertar na equipa adversária para conseguir chegar ao destino final.
Aqui você encontra as empresas que fazem todas essas actividades e para todas as idades.
Enfim… como chegar, onde ficar, comer e beber?
Há muito para explorar, conhecer, beber, comer e se divertir em Monção. Um final de semana respirando outros ares, absorvendo novas culturas e recarregando as baterias pode ser extremamente inesquecível. São muitas opções culturais além do evento da Foda à Monção.
Aqui estão algumas informações sobre localização, e alternativas de hospedagem e restauração. É só escolher e boa imersão!! (Ó, sem querer, rimou!).
Fontes: Casa Museu de Monção; Torre de Lapela; Monção; Melgaço White Water.
Além de escrever para o Magic Gourmet, produz conteúdo para o Aspectos do Vinho. Já foi colunista do site Já Fez As Malas? e Revista Vitae.
Formada em: Artes Plásticas, licenciatura plena em Educação Artística - Faap. Hotel Management em Melbourne - Austrália. Docência para Curso Superior - Unip. Sommelier Profissional - ABS. Doutoranda em Ciências da Comunicação - UMinho e Mestra em Ciências da Cultura - Utad.
Intenção: Jornalismo gastronômico e cultural.